O amor talvez seja uma das necessidades mais
significativas da vida humana. Sem amor a existência pode tornar-se vazia
e sem sentido. Todos, sem exceção, carecem de amar e serem amados. Pesquisas
com recém-nascidos demonstram que crianças que recebem carinho, amor e atenção
de seus pais desde a tenra idade terão, indubitavelmente, melhor
desenvolvimento físico e mental, gozando de maior saúde no seu desenvolvimento.
Crianças, todavia, relegadas a própria sorte, certamente sofrerão grande perda
em todas as áreas de suas vidas. Certa vez disse um médico: “Sem amor perdemos
o desejo de viver. Desequilibra-se a nossa vitalidade física e mental,
diminui-se a nossa resistência e sucumbimos às enfermidades que se demonstram,
muitas vezes, fatais. Sem amor talvez escapemos à morte real, mas o que resta é
uma existência pobre e vazia, tão empobrecida de emoções que não poderemos ser
considerados senão semi-vivos. As alternativas são, na verdade, amar ou
perecer”.
Se quisermos
saber mais acerca do amor devemos conhecer o que a Bíblia diz a esse respeito.
Aliás, é ela mesma que afirma categoricamente: “Deus é amor”. E diz ainda mais:
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”(I Jo 4.8). Este amor
Divino, que leva o Altíssimo a fazer tamanhas maravilhas por nós, meros
mortais, pode ser encontrado em todas as partes da Bíblia. O amor de Deus mostra-se
como um amor abnegado, do qual nós não somos merecedores. Só no Novo
Testamento, tal expressão de amor aparece 320 vezes. O Apóstolo Paulo afirma
que por meio de Cristo Jesus e de seu grande amor por nós, estamos livres da
lei do pecado e da morte. Afirma também que, por causa deste mesmo amor, somos aceitos
como filhos de Deus, e que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, nos
assiste em nossas fraquezas.
O grande amor
de Deus por nós mostra-se como um amor sacrificial (Rm 8. 31,32). Deus Pai entregou seu próprio filho para
morrer na Cruz do Calvário em nosso favor. Romanos 5.8 nos diz: “Mas Deus prova
o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo
nós, ainda pecadores”. No versículos 32
de Romanos 8 a frase “aquele que não poupou a seu próprio filho” é
repetição de Gênesis 22.12, onde Deus diz a Abraão: “não me negaste o filho, o
teu único filho”. O amor paterno de Abraão, com sua disposição em sacrificar
seu próprio filho, é uma mera sombra e figura do amor de Deus por nós, pois
Cristo morreu em nosso lugar, nos livrando do pecado e da morte.
O grande amor
de Deus por nós é também um amor justificador (Rm 8.33,34). Deus, através do sacrifício
de Cristo Jesus, nos propicia a justificação: “É Deus quem os justifica. Quem
os condenará?”. Na linguagem forense desta passagem captamos um inconfundível
eco do similar desafio do Servo do Senhor em Isaías 50.8: “Perto está o que me
justifica; quem contenderá comigo?” Se Deus é quem nos justifica, nada nem
ninguém pode se opor à Sua soberania. A Justificação que Deus nos dá é gratuita.
A Escritura Sagrada diz que somos justificados gratuitamente por meio do
sacrifício de Cristo Jesus, que morreu em nosso lugar. É uma graça imerecida,
onde não há espaço para qualquer tipo de mérito humano.
O grande amor
de Deus por nós é também um amor ilimitado (Rm 8. 35-39). Nada pode nos separar
do amor de Deus. O apóstolo lista todas as coisas imagináveis que poderiam se constituir
como algum tipo de barreira e diz categoricamente que nada disso nos distancia
do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Paulo fala sobre coisas a que estamos
sujeitos: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada,
morte, vida. Paulo fala sobre forças espirituais: anjos, poderes, principados.
E conclui dizendo que nada disso poderá separar-nos do amor de Deus que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor.
Ora,
se Deus nos tem amado de forma tão grandiosa, devemos aprender a descansar neste
mesmo amor. Devemos também espalhar esse amor ao mundo à nossa volta como bem
nos instrui João, o discípulo do amor: “Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1
João 4:7,8).
Paulo Cesar Tomaz
(É permitida a reprodução total ou parcial deste texto, desde que seja citada a fonte)
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