A União da Igreja

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma...” (Atos 4:32)

            Uma das grandes características da Igreja em seus primórdios era a unidade. Como registra o livro de Atos, de toda a multidão daqueles que creram, que se converteram ao Evangelho de Cristo pela pregação apostólica, “um era o coração e a alma”. A unidade era a marca registrada dos novos convertidos. Diz também o autor de Atos que nenhum necessitado havia entre eles (Atos 4.34), isto se explica pela vida comunitária e pela generosidade que partilhavam, distribuindo seus bens entre si à medida que alguém tinha necessidade.

            Como Igreja do Senhor Jesus devemos aprender a permanecermos unidos sempre, pois assim estaremos manifestando o caráter uno da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Jesus, em sua oração sacerdotal orou pela Igreja de todos os tempos rogando ao Pai: “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.” (João 17:11). Essa união perfeita que há na Divindade deve permear nossos relacionamentos, pois somos chamados a viver em unidade. 

           Como Igreja do Senhor Jesus devemos também, por meio de nossa unidade, dar testemunho do amor de Deus para que o mundo venha a crer no Evangelho. Jesus assim clamou ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21). Jesus claramente diz que nossa união mútua é uma característica que testemunha ao mundo a salvação que há n’Ele. O amor presente na Igreja testemunhará aos de fora o amor de Cristo, trazendo-lhes fé aos corações.

            Por fim, nossa unidade cristã é uma prova inequívoca de nossa maturidade espiritual, visto que como cristãos demonstramos ser capazes de conviver em harmonia, superando nossas diferenças particulares, a fim de que o amor de Deus prevaleça. Diz o apóstolo Paulo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). O Senhor deseja que sejamos maduros e saibamos viver verdadeiramente em perfeita harmonia, assim como é perfeita a harmonia existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

            Que possamos, como cristãos que somos, promover a unidade na igreja a que pertencemos. De fato somos diferentes uns dos outros. Muitas vezes nossas posições pessoais podem divergir, nossas opiniões variar, mas nada deve abalar nossa comunhão uns com os outros.

            Lembremo-nos: O que nos une (o amor de Deus) é maior do que o que nos separa (nossas opiniões e preferências pessoais).

Paulo Cesar Tomaz

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