O Evangelista João inicia o quarto Evangelho proclamando: “E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos
a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1:14). O anjo anuncia o
milagre do nascimento do Messias a Maria com as seguintes palavras: “Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua
sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de
Deus” (Lucas 1:35).
Vemos nestas narrativas o irromper da glória Divina
manifestando-se em meio ao mundo dos homens. Deus enviou seu Filho amado com um
propósito específico, revelando Sua plena vontade e Seu grande amor para conosco. O filho obediente penetrou a
realidade humana, se fez carne, e passou a viver nossas experiências de forma
objetiva. O Filho deixou a casa eterna e passou a viver entre nós; ensinou-nos
o caminho outrora perdido; o caminho de volta ao lar celeste; o caminho de
retorno ao Pai. Ele mesmo, Jesus, aliás, demonstrou ser o Caminho, a Verdade, e
a Vida; e esclareceu: “ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).
É no milagre da encarnação Divina que nossa mente se volta
nessa época de Natal. Cristo Jesus, sendo Eterno Deus, habitou conosco, tornou-se
frágil, um bebê, uma criancinha. Nasceu longe dos olhos da realeza, da glória
humana, nasceu numa estrebaria, numa manjedoura. Cristo Jesus tomou sobre si a nossa fragilidade, e sendo em tudo tentado, não pecou. Em Sua morte levou sobre
si mesmo os nossos pecados para nos apresentar, justificados, perante o Deus Criador.
Que neste Natal o periférico não venha a roubar a atenção
daquele que é o alvo último desta data festiva. Não sejam os presentes trocados
em família, o comércio, as grandes ceias natalinas e outros detalhes que ocupem
o espaço devido ao Filho de Deus: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o
Salvador, que é Cristo, o Senhor. Glória a Deus nas maiores alturas, e
paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.11,14).
Paulo Cesar Tomaz
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