“Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos
regenerou para uma viva esperança...” (I Pe 1.3)
Vivemos numa época de insegurança e instabilidade, tempos
de dificuldades e incertezas, momentos em que muitos têm perdido a paz e a
esperança de dias melhores. Tantos já não confiam em coisa alguma e se perdem
em vários descaminhos.
Dias como estes não são exclusividade apenas de nosso
tempo. O apóstolo Pedro, ao escrever aos crentes da Ásia Menor, num momento de
grande dor e apreensão, busca estimular os cristãos de seus dias a cultivarem a
alegria mesmo em face às constantes perseguições. Dificuldades essas muito
maiores do que as lutas que experimentamos em nossos dias. Para muitos daqueles
irmãos a esperança de dias melhores estava sendo arrefecida frente às
perseguições sofridas constantemente. A intenção de Pedro, ao escrever sua
carta, era a de que a mesma circulasse em congregações localizadas em
províncias do império romano em lugares onde o jugo imperial tinha a
possibilidade de ser mais severo ainda. Tendo Nero como Imperador, Roma estava
prestes a irromper em ira contra os cristãos, e conseqüentemente, todos os
cristãos nas províncias romanas, mesmo as mais remotas, iriam sofrer grandes angústias e
perseguição.
A mensagem de esperança trazida pelo apóstolo é relevante e
atual para nossos dias. E você, possui viva esperança?
Demonstramos que possuímos uma viva esperança quando temos
a certeza da vida eterna em nossos corações. Pedro Diz: “Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos
regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível,
reservada nos céus para vós outros” (I Pe 1.3,4). As Escrituras Sagradas nos
ensinam o Caminho da Vida Eterna, o qual é Cristo Jesus. Devemos viver a vida
terrena na certeza da vida eterna, Jesus nos exorta: “Trabalhai, não pela
comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do
Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (João 6:27). A
vida eterna é um presente de Deus para nós, Jesus acrescenta: “Eu lhes dou a
vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João
10:28).
Demonstramos que possuímos uma viva esperança quando temos
a certeza de que estamos sendo guardados pelo poder de Deus: “... que sois
guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para
revelar-se no último tempo” (I Pe 1.5). Aquele que é nascido de Deus tem a
certeza de estar sendo guardado (protegido) por Deus em qualquer circunstancia:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes,
Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca” (1 João 5:18).
Finalmente, demonstramos que possuímos uma viva esperança
quando amamos a Cristo e depositamos n’Ele nossa total confiança: “a quem, não
havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com
alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da
vossa alma” (I Pe 1.8,9). Jesus disse a
Tomé: “... Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”
(João 20:29). Cristo habita em nossos corações quando o amamos verdadeiramente:
“... Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos
para Ele e faremos Nele morada.” (João 14:23). Quando amamos a Cristo, Seu amor
é derramado em nossos corações: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor
de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi
outorgado” (Romanos 5:5).
Amados, mantenhamos firme a nossa confiança, a nossa motivação,
a nossa viva esperança, naquele que é o Autor e Consumador de nossa fé: Jesus Cristo.
Lembremo-nos das palavras do profeta Habacuque: “Ainda que a figueira não
floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não
produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não
haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação”
(Hc. 3:17,18).
(É permitida a reprodução total ou parcial deste texto, desde que seja citada a fonte)
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