O Reino Espiritual de Jesus Cristo

“então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:34).

 

     Quando Jesus foi preso e colocado diante de Pilatos, este lhe perguntou se Ele era o rei dos Judeus, ao que Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18.36).

     O reino de Cristo é espiritual porque visa a um fim espiritual, não está preso às forças deste mundo, nem é exercido de forma exterior, mas está presente na vida da Igreja. O reino de Cristo está presente na vida de cada cristão: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro em vós” (Lc 17.20,21).

     O objetivo do reino espiritual de Cristo é a salvação dos perdidos; a fim de que estes, eleitos segundo a graça Divina, passem a tomar parte na família de Deus, que é a Igreja. Calvino assevera: “De que nos serviria sermos acolhidos no império do Rei do céu, se o fruto desta graça não se estendesse mais que a esta vida? Por isso temos de compreender que toda a felicidade que nos é prometida em Cristo não consiste nas comodidades exteriores, para que vivamos uma vida alegre e tranqüila, e tenhamos riquezas e estejamos seguros de que não encontraremos nenhum obstáculo, e gozemos dos passatempos que a carne almeja buscar, senão que toda felicidade se deve referir a vida celestial” (Calvino, Juan. Institución de la Religión Cristiana).

     O reino teocrático de Israel era somente uma figura do reinado Divino instituído por Cristo no Novo Testamento. No Antigo Testamento o rei era apenas um “vice-regente de Jeová, designado para executar os seus juízos, era apenas um símbolo” (Louis Berkhof, Teologia Sistemática). No Novo Testamento se vê a instituição do Reino Espiritual de Cristo, voltado não a uma única nação, mas a todos aqueles que crêem no seu Santo Nome, tornando-os assim súditos desse glorioso reino. Um reino justo e eterno, exercido não por um monarca terreno, mas pelo próprio Filho de Deus: Jesus Cristo.

     Hoje somos convidados a participar deste abençoado reino, somos convidados a demonstrar através de nossa fé e obras que somos súditos de Sua coroa. Cristo nos exorta a vivermos não como meros cidadãos deste mundo, mas a compreendermos a grandiosidade de Sua promessa, e a vivermos dignamente, sendo sal da terra e luz do mundo; espalhando a preciosa semente do Evangelho em meio aos homens.

Paulo Cesar Tomaz

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