Os Filhos da Obediência

Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância (1 Pe 1:14).

      Ser obediente segundo o dicionário da língua portuguesa significa estar em submissão a uma autoridade legítima. Como cristãos reconhecemos a autoridade legítima que Deus tem sobre nós pelo fato de ser Ele o nosso Criador. Reconhecemos também sua autoridade sobre nós pelo fato de que fomos comprados pelo precioso sangue de seu filho Jesus Cristo (1 Pe. 1.18,19 e 1 Cor. 7.23). Sendo assim, como diz o apóstolo Pedro, devemos nos portar como filhos da obediência diante do mandato de nosso Deus, não nos deixando moldar pelos ditames desse mundo tenebroso, mas procurando viver uma vida que agrade a Deus em seus múltiplos aspectos.
     Pedro afirma que os filhos da obediência buscam santidade em seu procedimento: “pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1:15,16). O autor nos lembra que o Deus que nos chamou é santo. Os salmos constantemente proclamam a santidade de Deus: “Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono” (Sl 47:8), e ainda:  “Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o seu santo monte, porque santo é o SENHOR, nosso Deus” (Sl 99:9). E mesmo por boca de Moisés nosso Deus declarou ao povo que devemos ser santos porque Ele é santo:  “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.” (Lv 11:45). Lembremo-nos de que ser santo significa sermos consagrados (separados) para Deus.
     Pedro também afirma que os filhos da obediência portam-se com temor durante seus dias nessa terra: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pe 1:17). O apóstolo nos lembra que somos peregrinos nesse mundo e que aqui não temos morada permanente: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2:11).   Devemos ter uma vida de temor a Deus buscando agradá-lo enquanto estamos neste mundo, para que na vida futura possamos gozar de Sua eterna comunhão.
     Por fim, Pedro acrescenta que os filhos da obediência reconhecem o valor e a preciosidade do sacrifício de Cristo: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pe 1:18,19). O apóstolo Paulo também faz menção dessa verdade: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” ( 1 Cor 6:20).  O preço pago por Cristo para nosso resgate foi o Seu próprio sangue vertido na cruz do Calvário, portanto não podemos ignorar Seu grande amor para conosco. Devemos dessa forma viver em sincera gratidão e submissão como resposta a esse amor imerecido.
     Santidade, temor e reconhecimento do sacrifício de Cristo por nós devem ser verdades profundamente arraigadas em nossos corações, e assim certamente estaremos glorificando ao nosso eterno Pai. 
       

                                          (É permitida a reprodução total ou parcial deste texto, desde que seja citada a fonte)

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