“...de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (1 Ts 1:7).
Será que temos sido bons modelos na vida de outras pessoas: amigos, colegas, filhos, familiares? Será que as pessoas podem se espelhar em nós? O apóstolo Paulo adverte a seu filho na fé Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm 4:12).
Paulo, ao escrever aos irmãos de Tessalônica, faz um elogio àqueles irmãos pois a Igreja de Tessalônica havia se tornado modelo para as outras igrejas da região, tanto na Macedônia quanto na Acaia (Macedônia e Acaia eram duas províncias Romanas que no seu conjunto formavam a Grécia). Essa igreja tornou-se modelo por apresentar algumas características indispensáveis em meio ao povo de Deus.
A Igreja de Tessalônica demonstrou apresentar uma fé operosa, Paulo diz: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé...” (I Tes. 1.3). Paulo ainda acrescenta: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma” (I Tes. 1.8). Ter uma fé operosa significa ter uma fé produtiva, uma fé que não fica apenas no discurso ou mesmo na emoção, mas uma fé que se desdobra, demonstrando sua realidade de forma prática. Lembremo-nos de que uma fé sem obras é morta, como nos ensina Tiago (Tg 2:26). A exemplo da Igreja de Tessalônica precisamos desenvolver uma fé que opera, que trabalha, que traz resultados, que não é teórica ou vazia.
A Igreja de Tessalônica tornou-se um modelo na vida de outros também por apresentar um amor abnegado: “recordando-nos (...) da abnegação do vosso amor” (I Ts. 1.3). Alguém abnegado é alguém que se sacrifica desinteressadamente por outra pessoa. Os crentes de Tessalônica haviam demonstrado o seu amor acolhendo os irmãos em Cristo de toda daquela região, principalmente viajantes. Paulo incentiva os irmãos a continuarem ainda mais na demonstração desse mesmo amor: “Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais” (I Ts. 4.10). A profundidade do amor que precisa existir em cada um de nós é proferida pelo apóstolo Paulo em I Coríntios, capítulo 13, quando o apóstolo trata acerca do amor: o dom supremo dado por Deus aos homens. É esse tipo de amor que precisa estar em nossos corações, um amor não egoísta ou interesseiro, mas um amor que nos tire do comodismo, que nos leve a ação.
Finalmente, a Igreja de Tessalônica tornou-se um modelo na vida de outros por apresentar uma firme esperança. Paulo conclui: “recordando-nos da (...) firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts. 1.3). Ter esperança significa esperar confiantemente em Cristo. A Igreja de Tessalônica possuía uma firme esperança na vinda de Jesus para resgatar seu povo escolhido (I Ts. 1.10). Nós nos dias de hoje também aguardamos essa bendita esperança de vida eterna. Essa mesma esperança é que nos conduz para a salvação (Rm 8:24) e deve também produzir em nós alegria, mesmo debaixo de provações (Rm 12:12).
Amados, como servos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, devemos apresentar uma fé operosa, uma firme esperança, e um amor abnegado. Se isso de fato ocorrer, certamente seremos bons exemplos na vida dos outros ao nosso redor. Que seja esse o desejo de nosso coração, que seja esse o anseio de nossa alma!
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