O chamado missionário da Igreja

     O evangelista Lucas, em sua narrativa no livro de Atos dos Apóstolos, preocupa-se em escrever um relatório expondo a Teófilo todos os acontecimentos relativos a Cristo Jesus e a expansão da Igreja. Logo no início do livro Lucas relata a ascensão de Cristo e suas ordens quanto ao testemunho da Igreja no mundo, e quanto à pregação do Evangelho aos povos.
     Jesus ensina que o chamado missionário da Igreja deve estar presente na vida de cada crente. Logo, entendemos que cada um de nós, cristãos, tementes ao Senhor, devemos possuir pelo menos três características para cumprirmos com intrepidez as ordenanças de nosso Mestre, sendo elas:
     Total convicção de fé: “A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (Atos 1.3). O evangelista se preocupa em mostrar que a ressurreição de Cristo é um fato real e histórico. Ensina que após a morte de Cristo, o Mestre se apresentou vivo, com provas incontestáveis, diante de muitas testemunhas do ocorrido. O apóstolo Pedro, quando dá testemunho do Evangelho de Cristo, fala com intrepidez e total convicção de fé, a ponto de deixar seus ouvintes admirados: “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.” (Atos 4:13). O Apóstolo Paulo fala também com total convicção de fé, testemunhando ousadamente no Senhor: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do  grego” (Romanos 1:16).
    Visão de alcance: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). No livro de Atos o Espírito Santo é o verdadeiro iniciador da obra apostólica, obra essa que não se detém apenas a uma localidade, mas que é totalmente abrangente, como diz o texto: “até aos confins da terra”. Note também que a expressão usada é “...tanto em Jerusalém como em toda... e até...”, ou seja, o testemunho deveria ser pregado nas mesmas proporções em  todos os lugares da terra. É assim que narra o Evangelista Mateus: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus 24:14). De igual maneira Marcos também testifica as palavras de Cristo: “...Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”(Marcos 16:15).
     Ação: “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1.10,11). Não é hora de ficarmos olhando para cima, esperando a volta de nosso Mestre, temos uma tarefa de extrema urgência a cumprir, é hora de agirmos com eficácia e anunciarmos ao mundo o Evangelho de Nosso Senhor. Somos estimulados pelas Escrituras Sagradas, sabendo que todo esforço depreendido para a pregação do Evangelho jamais será sem efeito, pelo contrário, será grandemente recompensado: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (1 Coríntios 15:58).
     Trabalhemos, pois, com convicção em nossos corações, tendo olhos de águias, com ampla visão de alcance. Que nosso lema seja o agir, pois o Senhor quer nos encontrar trabalhando.


                                          (É permitida a reprodução total ou parcial deste texto, desde que seja citada a fonte)

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