O amor é descrito por muitos como o “dom supremo”, sendo a maior de todas as virtudes existentes no mundo. Percebemos, todavia, que esse mesmo amor tão valorizado nos discursos tem sido pouco valorizado na prática do dia-a-dia. Na Bíblia, o apóstolo João é conhecido como o apóstolo do amor. É ele quem na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus para perguntar-lhe quem seria o traidor. João é descrito no quarto Evangelho como “o discípulo a quem Jesus amava”. Ele foi o discípulo a quem Jesus entregou a responsabilidade de cuidar de Maria, sua mãe, quando o Mestre agonizava na cruz. João foi também quem reconheceu Jesus quando os discípulos o encontram, após sua ressurreição, junto ao mar de Tiberíades (João 21.8).
Em suas epístolas a mensagem de João está sempre vinculada ao amor: “Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros” (I Jo. 3.11 ); e ainda: “Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.” (I Jo. 3.23). O apóstolo enfatiza que como servos de Deus devemos amar uns aos outros no amor de Cristo, e nos dá algumas razões para isso, nos instruindo:
Devemos amar uns aos outros porque o amor procede de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (I João 4.7). Deus é amor, e o amor só pode vir de Deus. A essência de Deus é o amor. João diz que “aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (I João 4.8). Deus provou seu amor enviando Jesus para morrer por nós.
Devemos também amar uns aos outros porque aquele que ama seu irmão demonstra ser nascido de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (I João 4.7). Deus nos amou primeiro, Ele nos fez nascer para a vida em Cristo Jesus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1.12,13). Quem nasce em Deus tem o agir de Deus permanecendo em si mesmo, Deus partilha Sua natureza santa e amorosa na vida do crente através do Espírito Santo.
Finalmente, João ensina que devemos amar uns aos outros porque o amor de Deus nos aperfeiçoa: “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. (I João 4.12). Aperfeiçoar, segundo o dicionário da língua portuguesa significa “fazer(-se) perfeito ou mais perfeito”. O aperfeiçoamento Divino nos dá confiança diante do Pai e nos livra do medo: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (I João 4.18).
Amados, busquemos viver o amor de Deus de forma real e prática a cada dia, aplicando-o em nossas decisões e em nossos relacionamentos interpessoais, demonstrando assim que vivemos amparados no amor do Pai, sendo sempre aperfeiçoados por este mesmo amor.
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